quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O maior campeão da história

Jacqueline Costa


Ontem, Michel Phelps se tornou o maior campeão da história das Olimpíadas, ao ganhar sua 19ª medalha no revezamento 4 x 200 m livre. Pouco antes, Phelps havia conquistado a prata após dominar a prova até o final nos 200 m borboleta e perder nos últimos metros.

Phelps nadou em quatro Olimpíadas: Sydney 2000, com apenas 15 anos, quando terminou em quinto lugar nos 200 m borboleta, Atenas 2004, em que ganhou seis ouros e dois bronzes, Pequim 2008, em que terminou com oito ouros, e Londres 2012, onde conta com mais três medalhas até o momento, sendo duas de prata e uma de ouro. No entanto, ele ainda tem grandes chances em outras três provas em que ainda competirá em Londres.

O nadador de 27 anos quebrou o recorde da ginasta soviética Larisa Latynina, que colecionou 18 medalhas entre 1956 e 1964. Com 77 anos, ela foi homenageada por seu feito, no North Greenwich Arena, onde aconteceu a disputa por equipes da ginástica, no mesmo dia da conquista da 19ª medalha por Phelps.

Eu acompanhei um pouco da tragetória do nadador, que se tornou ontem um mito do esporte. Como amante da natação, eu o vi nadar seus primeiros mundiais e ouvia falar dele quando ainda era apenas uma promessa. Desde então, por mais que soubesse do potencial do atleta, não podia imaginar que ele chegaria tão longe.

Nos últimos jogos, a conquista dos oito ouros já denotava o herói, em que Phelps se transformou. Foi impossível não me impressionar com a foto do atleta, que rodou o mundo, com as oito medalhas conquistadas em Pequim no peito. O super-homem se consagrava em 2008 como o atleta que mais colecionou ouros em uma mesma olimpíada. Ele queria e sabia que podia mais, que ainda tinha outros desafios e novos recordes a serem quebrados. Em Londres, caiu mais uma marca diante dele, que se tornou o maior medalhista da história das Olimpíadas.

Boa parte do sucesso de Phelps se deve a versatilidade do nadador que é muito competitivo nas provas de 200 e 400 medley, 100 e 200 borboleta, 200 livre e nos revezamentos dos 4 x 100 e 4 x 200 livre e 4 x 100 medley. Em todas essas provas, ele deixou a sua marca.

Além disso, em suas entrevistas Phelps sempre ressalta que acredita que "tudo é possível". Ele acreditou, investiu, se dedicou e superou aquela marca, o que parecia quase impossível em 2000, quando o adolescente de 15 anos entrou pela primeira vez na piscina em uma olimpíada.

Esse é o maior ensinamento dos jogos, independente da modalidade: com disciplina e dedicação, realizar qualquer sonho é possível. E isso não deve ser aplicado apenas para atletas. Isso vale para qualquer pessoa e para qualquer coisa na vida. Dessa maneira, qualquer objetivo que traçamos pode ser alcançado.

Fotos: Reprodução.

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