segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Galinhada com samba

Jacqueline Costa


Eu desafio qualquer um a arrumar um programa mais a minha cara do que uma galinhada com samba. É a mistura perfeita de comidas roceiras, de que tanto gosto, com o meu ritmo favorito: o samba.

Minha amiga Carol Assi esteve aqui em São Paulo no último fim de semana e eu precisava encontrar alguma coisa interessante e de que gostássemos para o sábado à noite. O Gui sugeriu a galinhada com samba do Dalva e Dito e nós adoramos a ideia.

A galinhada é servida todos os sábados a partir da meia noite, mas é melhor chegar por volta das 23h para garantir um lugar, porque as mesas são coletivas e não há reservas. Depois disso, corre-se o risco de se ter que esperar. No entanto, a espera acontece no bar do restaurante e enquanto isso, você pode ir escolhendo e apreciando algumas bebidinhas.

O samba começa pontualmente à 1h, com a banda tocando entre as mesas, convidando as pessoas a descerem para o salão, onde a banda de fato se apresenta. Eles tocaram clássicos como “O show tem que continuar” e “Conselho”, mas claramente o público paulistano prefere os pagodes aos sambas, conforme denunciavam os pedidos. De todo modo, é um programinha imperdível para quem passa aqui pela terra da garoa.

A galinhada era inicialmente preparada pelo subchefe Geovane Carneiro e servida apenas para os funcionários do restaurante após o expediente. Eles estimam que são servidos até 120 quilos de galinha por sábado. Em fevereiro do ano passado, ela foi aberta ao público e agora, ao som de um bom samba.

Vale muito à pena conhecer. A cozinha é o grande destaque, separada apenas por paredes de vidro do espaço das mesas. O ambiente é bastante rústico, remetendo às fazendas, com enormes treliças de madeira no teto e ladrilhos lindos no chão.

O prato é composto por frango caipira, com miúdos e até pescoço, marinado em vinagre de vinho branco, acompanhado de arroz no óleo de pequi ou arroz branco tradicional, farofa com ovos cozidos e azeitonas, quiabo e pirão e costelinha. A galinhada é servida em bufê e pode-se repetir quantas vezes quiser.

É mesmo deliciosa, mas, depois de provar, o Luhen defende que a da avó dele é inigualável. Nesse caso, acredito ser o argumento irrefutável. Mas para quem não tem uma avó aqui em São Paulo, o jeito é recorrer à galinhada do Alex.

Fotos: Reprodução.

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