terça-feira, 31 de julho de 2012

Cinturinha marcada

Jacqueline Costa

Ultimamente, uma peça, em especial, tem chamado muito a minha atenção: o vestido com inspiração Lady Like, que se baseia no estilo das mulheres das décadas de 1940 e 1950, com laços, babados, estampas florais, pérolas e tons pastéis.

Gosto especialmente dos curtos, com a cintura marcada e sem grandes decotes, mas com um toque mais moderninho. Foi assim que ele me conquistou e, pelo jeito, não é só a minha cabeça que anda fazendo. O modelo tem sido o eleito de várias famosas para eventos e estreias, conforme se vê abaixo:
  
Zooey Deschanel, em evento da FOX em Los Angeles, julho/2012; Jessica Biel, ESPY Awards em Los Angeles; e Ashley Greene, na Comic-Con, julho/2012

O vestido, que segue a onda vintage, tem sido constantemente visto nos tapetes vermelhos mundo afora, mas não apenas para ocasiões tão glamurosas ele serve. Pode ser uma ótima pedida para quando apenas se quer sair mais arrumadinha.

A peça denota um estilo romântico, feminino e as minhas pesquisas pelo mundo masculino mostraram que ela parece bem aprazível para os rapazes. Pelo menos, a reação deles a esse vestido costuma ser diametralmente oposta a que manifestam diante da calça saruel. E olha que conto com uma grande amostra para a essa conclusão.





Parabéns para a Cristina Batista, que arrasou na última sexta-feira ao escolher o vestido com inspiração Lady Like! Ela ficou linda e muito feminina com a cinturinha marcada num modelo escuro e de alcinhas. É uma pena que a foto não tenha colaborado muito, mas não encontrei outra que pudesse mostrar melhor o look da Cris aqui.

Fotos: Reprodução.

Inspirado em Londres 2012

Jacqueline Costa

A Vogue Brasil divulgou hoje um ensaio feito com algumas atletas olímpicas brasileiras, que posaram inspiradas em fotos de ícones britânicos de todos os tempos. As musas foram desafiadas a reproduzir as fotos de grandes nomes ingleses com muito bom humor e com referência aos jogos.

A dupla do nado sincronizado Lara Teixeira e Nayara Figueira posaram inspiradas na famosa foto de Kate Moss de 1992, na campanha da Calvin Klein, que impulsionou a carreira da modelo inglesa. A foto original de Kate foi feita por Patrick Demarchelier.



A nadadora Fabíola Medina posou inspirada na foto do dia da coroação de Elizabeth II, que aconteceu logo após a morte de seu pai, o Rei George IV, em 6 de fevereiro de 1952. Mais precisamente a coroação ocorreu em 6 de junho de 1953, na Westminster Abbey, e os ingleses comemoraram neste ano o Jubileu de Diamante da Rainha.



A revelação do ciclismo brasileiro, Squel Stein, de 21 anos, interpretou toda a seriedade do Príncipe Charles, primeiro na linha de sucessão da coroa britânica.



Por fim, a jogadora da seleção brasileira de vôlei, Paula Pequeno, fã de Rolling Stones e ex-modelo, inspirou-se em Mick Jagger para posar para Vogue Brasil.


Eu adoro essas ideias, que surgem em tempos de Olimpíadas, e levam para fora das quadras, pistas e piscinas o espírito olímpico remodelado com muita criatividade. Tomara que até o fim dos jogos, muitas outras surjam e possamos ver de um jeito diferente e sem uniformes, os atletas que defendem as cores no Brasil em Londres.

Fotos: Reprodução

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Humor

Jacqueline Costa

Ontem, assistindo ao Pânico na Band, fiquei pensando nos tipos de humor, que tenho visto e acompanhado.

Eu gosto do Pânico. Morro de rir com eles, mas isso não me faz esquecer que, em alguns momentos, eles adotam uma linha nada polida e demasiadamente apelativa. Ontem, por exemplo, no quadro "O maior arregão do mundo", o Carioca chegou a fazer xixi de tanto medo da prova, a que foi compelido. Ele tinha que atravessar uma passarela entre duas plataformas a 40 metros de altura caminhando e depois voltar para a primeira delas de bicicleta.

Depois comecei a perceber o quanto isso se distancia do humor feito pelo Kibeloco, Dilbert e The piauí Herald, que se utilizam de recursos mais inteligentes para entreter e fazer rir.

Adoro as séries que o Kibeloco cria, como a "2030", que cogita o que será notícia nesse ano, "Status", que traz os melhores perfis que famosos podiam ter no Facebook, além do "Pracas do Brazil", em que eles mostram as placas, avisos e qualquer outra mensagem bizarra afixadas pelo Brasil afora e que desafiam qualquer pessoa fluente na nossa língua pátria, e das "Notícias que vão mudar o mundo". Há sempre uma piada de cunho político ou que faz menção aos hábitos das classes C e D.

Dilbert traz as tirinhas mais engraçadas, com temáticas relativas ao mundo corporativo. Em algumas situações, a gente consegue até se ver lá ou fica estarrecido por saber que, e fato, estamos rindo do que acontece ou pode acontecer nos corredores de uma empresa. 

Já o carinhosamente denominado por mim Piauí me faz morrer de rir diariamente. A perspicácia que ele tem para misturar temas e criar notícias, que são o mais irônicas possível, me encanta. Ele faz textos curtos e se utiliza de linguagem jornalística para contar as mais absurdas histórias, que têm algum ponto verídico. Ele critica políticos, posturas ideológicas e celebridades. Preciso citar alguns títulos, que se destacaram para mim: "Dilma proíbe a expressão 'Imagina na Copa'", "Luciana Gimenez fará programa especial sobre bóson de Higgs", "Anatel proíbe gerúndios em ligações de telemarketing", "População reza para que Galvão Bueno entre em greve",  "Serra recebe multa por falta de carisma", "Mesa da FLIP discutirá a proliferação de frases de Clarice Lispector no Facebook", "Eike tem crediário recusado na Ricardo Eletro", "Documento da Rio + 20 declara foto de Lula e Maluf insalubre", "Sarney é homenageado como pioneiro do nepotismo sustentável", "Rio + 20 debaterá alternativas sustentáveis ao sertanejo universitário", "Depois de PR, Serra fecha com Carminha", entre muitos outros.

O humor do Pânico, assim como tantos outros, nos distraem, nos arracam gargalhadas e nos fazem, muitas vezes, rir até de nós mesmos. Mas vale muito a pena se render a um tipo de humor diferente, inteligente e que pode transformar a risada pura e simples em informação e em reflexão.

Fotos: Reprodução

Cilada

Jacqueline Costa

Sabe quando você está de férias, com a cabeça vazia e apta a ter as ideias mais mirabolantes? Pois é... Foi o que aconteceu num verão em Itacaré.



Eu fui com minha irmã e minha prima para a casa da Polli Carvalho. Praias lindas, paradisíacas e ainda bem desconhecidas. Tínhamos o verão e reveillon de 2004 a serem comemorados com a amiga recém-chegada de uma temporada nos EUA e com a família dela.

Aliás, tenho que ressaltar o quanto essa família sabe receber bem: cafés da manhã, almoços e jantares deliciosos, muitas risadas e passeios inesquecíveis. Planejamos pouco mais de uma semana lá e acabamos ficando uns 20 dias.

Em uma manhã, fomos conhecer uma praia há 14 quilômetros da casa da Polli. Quando voltávamos, surgiu a ideia: por que não ir caminhando e apreciando o mar e a brisa? Deixamos bolsa, chinelos, e tudo o mais no carro da família e seguimos para a casa com toda a empolgação de quem gosta de praticar atividade física ao ar livre, mas raramente tem a oportunidade de fazê-lo.

E lá fomos nós. O sol a pino e 14 quilômetros na areia pela frente. Começamos bem empolgadas, mas desde a largada, a minha irmã já dava sinais de cansaço e expressava todo o seu descontentamento com a situação. Ressalto que nos idos de 2004 ela era a mais sedentária das criaturas, justamente porque nunca precisou se preocupar com a forma física, já que a magreza era (e ainda é) um de seus maiores predicados.

Andávamos, andávamos e nada! O pior é que pela praia não dá nem para medir a distância com precisão. Não tínhamos nenhum tipo de equipamento que o fizesse por nós. Não conseguíamos saber se faltava muito ou pouco, mas sabíamos que a única maneira de voltar para a casa da Polli era mesmo andando, já que o caminho era totalmente deserto.

Não tínhamos água potável nem protetor solar. Quando sentíamos a pele queimando, a solução era dar um mergulho no mar. Adotamos algumas paradinhas para descanso na sombra de algum coqueiro e, em seguida, seguíamos com a caminhada.

Aquela paisagem paradisíaca era o nosso consolo, mas deixou de sê-lo quando a areia passou a exercer seus efeitos nefastos na sola dos pés da minha irmã. Nas palavras dela, a areia tinha se tornado pedra pomes quente.

Ela também dizia que as paradas para descanso só prolongavam o sofrimento e que então preferia andar até chegarmos ao destino, sem parar. O sol também queimou os pés da menina que tinha constantemente vontade de chorar, por ter entrado nessa barca furada, e de me matar, por ter tido tão brilhante ideia.

Andamos, andamos e andamos e sempre que pensávamos: "é logo ali", surpreendiamo-nos com novos lugares, novas paisagens e coisas, que nunca tínhamos visto, mesmo fazendo uma caminhadinha todos os dias até o ponto em que nossos olhos alcançavam no horizonte. Ou seja, sempre que achávamos que estava chegando, ainda estávamos a léguas da casa.

Quando avistamos a Polli nos esperando, foi como se estivéssemos encontrado o pote de ouro no fim do arco-íris, mas sem a vibração logicamente correlata a esse momento. Nós não tínhamos forças para qualquer manifestação de alegria e satisfação. Lembro-me que apenas a minha irmã proferiu algumas palavras e foram as seguintes: "Polli, você pode me emprestar seus chinelos?"

E para tratar dos pés da minha irmã, que pareciam bacons assados? Maizena, pomada, água gelada. Como a menina sofreu... Caímos em uma grande cilada, mas ela, sem dúvida, foi a maior vítima.

Eu não mencionei antes, mas isso tudo aconteceu no dia do reveillon. À noite, não havia calçados que pudessem ser usados por ela. A menina não conseguia sequer andar direito! Chuva de espumante não era o que ela esperava da virada, mas chuva de maizena para ver se amenizava a dor das queimaduras.

Sempre que me lembro dessa história, vem imediatamente a minha cabeça um quadro do Fantástico, que se chamava Cilada e, posteriormente, virou filme. Nele, Bruno Mazzeo mostrava como qualquer passeio, viagem ou festinha pode virar um grande pesadelo. Sempre me pergunto por que não escrevi para o quadro, sugerindo essa história.

A mente vazia realmente pode nos presentear com ideias que se transformam em verdadeiras ciladas. E nesses casos, não há nenhum raciocínio sobre prós e contras entre a ideia e a implementação. Mas no fim das contas, essas ciladas acabam se tornando ótimas histórias para a gente contar. E eu coleciono algumas...

Fotos: Reprodução

domingo, 29 de julho de 2012

Make up para viagem

Jacqueline Costa

Neste fim de semana, viajei muitos quilômetros para estar presente nos casamentos de dois casais bastante queridos. Fui de táxi, avião, ônibus e carro. Para dar conta de tanta baldeação, precisava de uma mala bem compacta e normalmente o que mais impacta o tamanho da bagagem, que carrego, são os itens de beleza.

Nessa viagem, eu escolhi bem os itens de maquiagem, que me ajudariam a me maquiar de formas bem diferentes para as festas e que ocupassem bem pouco espaço. São eles:

  1. Cream foundation CF 158 Illamasqua;
  2. Concealer pencil Urban Decay;
  3. Corretivo cor 10 Natura Aquarela;
  4. Eyeshadow primer Urban Decay;
  5. Bronzing Powder MAC;
  6. Powder Blush Dollymix MAC;
  7. Studio Fix NC25 MAC;
  8. Palete Naked Urban Decay;
  9. Brush 219 MAC;
  10. Brush 224 MAC;
  11. Pincel para blush viagem Avon;
  12. Pincel para base Avon;
  13. Pincel para pó compacto Avon;
  14. Batom cor 10 (vinho) Natura Aquarela;
  15. Batom Scandal Illamasqua;
  16. Batom mate cor 232 Duda Molinos;
  17. Mascara The falsies flared Maybelline;
  18. Curvex Tweezerman;
  19. Fuidline blacktrack MAC;
  20. Bepantol Baby (uso sempre para hidratar os lábios antes da maquiagem. Deixo o produto agir por alguns minutos e retiro todo o excesso antes de aplicar o batom).
O batom vinho mereceu destaque na sexta.


Já no sábado, adotei sombras com brilho e batom rosa, mas, como vocês podem ver na foto abaixo, não registrei adequadamente o make... Mas vale postar a foto de um grande encontro.




A dica inesperada fica por conta da vasilha de plástico, que uso para proteger os itens acima citados dentro da mala.  Assim, fica muito mais fácil carregá-los. Eu também uso outras vasilhas desse tipo para separar e organizar tudo que tenho de maquiagem.



Vou colecionar e postar outras dicas desse tipo por aqui. Se quiserem enviar sugestões, sintam-se à vontade.

Fotos: Jacqueline Costa

sábado, 28 de julho de 2012

Férias!

Jacqueline Costa

Há uns dias, recebi por e-mail notícias lá do Goiás e do fim das férias escolares, enviadas pela prima Juliana Boaventura, mãe da Luísa e da Júlia e tia do Pedro. A história que ela contou foi tão boa, que eu resolvi pedir para divulgá-la aqui, do jeitinho que ela me mandou.

No e-mail, a Juliana contou:

"Recebi um telefonema desesperado agora: MAMÃE, POSSO FAZER OUTRO BOLO?


Vejam só: eles estão lá em casa - os três (Luísa, Júlia e Pedro),  vendendo suco de limão e pipoca. A mesinha, colocada na porta (e outros ingredientes),  foi cedida pela vovó Terezinha! A Luísa fez um bolo de chocolate, aquela receita da Márcia que a Grace conhece bem -  colocou a venda - 50 centavos sem cobertura e 1 real com cobertura. Vendem pipa (com rabiola) por 7 reais. Vendem perfume - colorido com folha de bouganville cor de rosa. A essência só Deus sabe de qual perfume meu que foi extraída... Hoje descobri que estavam lavando os copos descartáveis para reutilizá-los, mas já acudi a tempo e ofereci um pacote novo.

A menina Manuella, vizinha da casa da frente gostou da ideia e abriu a mesinha de comércio dela... começou a vender chiclete: 50 centavos cada. O Pedro e a Júlia foram lá e compraram a caixa de chiclete da menina e começaram a REVENDER (do lado de cá) por 1 real cada Tridente.

O pai da menina - catireiro de gado por sinal - não ficou satisfeito. Foi na nossa banquinha e comprou TODO o bolo que a Luísa fez, então começou a revender pelo dobro... kkkkkkkkk.

Ela está ofendidíssima e já disse que vai fazer outro bolo mais gostoso agora!!!

Talvez agora eu comece a interferir mais diretamente. Vou ligar lá e autorizar assar pão de queijo e fazer bolo de cenoura para incentivar as vendas vespertinas!
A gente podia ter tido esta ideia lá no Carmo. Já pensou vender rosca na porta da casa da Vó Maria!"

Mais tarde, a Ju recebeu outro telefonema das crianças:

"MAMÃE, DESCOBRI QUE O VIZINHO DA FRENTE NÃO VENDEU OS PEDAÇOS DE BOLO! ELE COMEU MESMO! Eis a Luísa, mais calma, justificando que o bolo foi um sucesso!

Portanto, fui injusta com o meu vizinho, que aliás é o nosso fornecedor de limão china, quando disse que ele revendeu o bolo da criança!

Informo que a barraca ficará fechada até sexta quando retornaremos de viagem!"

Isso inevitavelmente me fez lembrar do episódio do Chaves, em que ele montou a barraquinha de sucos, com "suco de limão, que parece de tamarindo e tem gosto de groselha". Por isso, eu o resgatei e resolvi postá-lo aqui:



Diálogo

Jacqueline Costa

Assim que chego no trabalho, corro e ligo o computador ansiosa para dar bom dia para o menino pelo Gtalk. Explico a ansiedade: é on line que temos as nossas melhores e mais engraçadas conversas, com utilização extensiva da ironia, figura de linguagem de que tanto gosto.

Há alguns dias, o nosso diálogo foi tão sensacional, que me recusei guardá-lo só para mim. Como o Toda Conversada ainda não estava pronto, eu resolvi divulgar a conversa para meus amigos no Facebook. Mas agora posso mostrá-la aqui.

Para contextualizar, eu vou para o trabalho todos os dias de metrô. Ainda vou escrever mais sobre isso, mas, desde já, devo dizer que essa é uma das minhas maiores fontes de inspiração para escrever.

Na última terça-feira, entrei no metrô e lá estava um moço de pé, com um enorme headphone. Antes que me digam que essa palavra tem tradução, ressalto que não há o respectivo termo em Português, condizente com o que ele usava. Definitivamente aquilo não era fones de ouvido. O objeto se aproximava muito mais de um capacete com a estrela do Capitão América nas laterais.

No adereço de cabeça do rapaz, tocava uma música, que me lembrou Guarajuba, a Praia do Forte e o Ensaio do Camaleão no Carnaval de 2011. Lá fui apresentada essa bela canção, que, como bem lembrado pela Bella Calazans, tem até coreografia! Por isso, resolvi cantá-la para o menino e foi aí que iniciamos este produtivo diálogo:


eu: vou cantar uma música

Guilherme: cante, por favor.

eu: por vc eu bebo o mar de canudinho
atravesso o pólo norte de shortinho
piso descalço em um vulcão em erupção
faço um assalto e roubo o seu coração
...
Enviado às 09:05 de terça-feira

Guilherme: muito bela cantiga!
eu diria que é uma releitura popular de "por você"
afinal de contas, a classe C ainda não está dançando tango no teto

eu: hahahahahahaha!

Guilherme: :)
Enviado às 09:08 de terça-feira

Depois disso, como não ter um dia bom, né?

Foto: Reprodução

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Banda JPG

Jacqueline Costa

Eu conheci a Banda JPG no carnaval de 2005, em Pompéu. Eu não ia e, na quinta-feira, embarquei em uma carona com nem meia dúzia de peças de roupas em uma mochilinha, tipo porta-chuteira. A Polli Carvalho e a Bella Calazans tinham achado um abadá bem barato com uma moça que tinha desistido de pular o carnaval ali na região e resolveu viajar provavelmente para Cabo Frio ou Guarapari (hipóteses com altíssima probabilidade de acerto).

Eles tocavam na tenda de uma boate, instalada para os foliões mais resistentes e insistentes, que aguentavam voltar para a festa, depois de horas de folia vespertina. Eu e a Lud Eufrásio não perdemos nem um dia, de tanto que gostamos.

Depois disso, a banda apresentou algumas temporadas em Belo Horizonte, em algumas épocas aos domingos, em outras, nas quintas, e nós sempre que podíamos, estávamos lá. Fomos também em alguns shows deles na Girus, em Pará de Minas.

Mas o show mais marcante para mim veio mais de 6 anos depois desse carnaval de Pompéu. Foi quanto, após uma brilhante ideia do Eduardo Romeiro, eu conheci o Menino e a minha vida mudou: eu mudei de cidade, de repartição, mudei meu shape, mas ainda manterei, por mais alguns meses, o mesmo estado civil e, para a vida toda, os amigos que acompanharam cada detalhe dessa história.

Segue um Play! bem especial e que já faz tempo que os vejo tocando e não me canso disso:


Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=7OZWU7n-zd4

Olimpíadas 2012

Jacqueline Costa

A abertura das Olimpíadas 2012 acontece hoje. Até o dia 12 de agosto, os olhos de todo o mundo se voltam para Londres. Os jogos são muito mais do que uma competição esportiva. Eles devem representar a celebração da paz, da tolerância e da interação entre povos.

Para nós, que vamos acompanhar os jogos aqui do Brasil, a princípio, a transmissão seria feita apenas pela Record, que garantiu os direitos exclusivos para tanto. Lembro que a empresa transmitiu as últimas Olimpíadas de Inverno, em 2010, que aconteceram no Canadá, e não deixou absolutamente nada a desejar. No entanto, a Record vendeu seus direitos de transmissão na tv paga para a Globosat, ESPN Brasil e Band Sports. Assim, para quem é assinante, as opções serão mais variadas.

Mas não há desculpas para não acompanhar os jogos e isso é para todos, independentemente do acesso à tv fechada. Esse evento acontece apenas de quatro em quatro anos e não há quem não espere, de alguma forma por ele: atletas, torcedores, cidadãos comuns. Todos querem saber um pouquinho sobre a cerimônia de abertura, sobre a tocha olímpica, as medalhas e sobre o desempenho de seu país em alguma ou algumas modalidades.

No ano passado, enquanto estava lá, vivenciei as mudanças que a cidade estava sofrendo para receber os jogos: estações do metrô foram reformadas, áreas da cidade, revitalizadas, o parque olímpico foi construído e já havia menções nos principais pontos turísticos às Olimpíadas. Em vários pontos da cidade, a contagem regressiva já tinha começado, como na Trafalgar Square e em Greenwich.

As necessidades de adaptação lá são bem menos prementes do que as daqui. Por outro lado, a herança que os jogos deixarão para a cidade, quando pensamos em obras públicas e em melhorias para a população, especialmente no sistema de transporte, é menor do que poderá ocorrer no Brasil, simplemente pelo fato de que temos muitos mais problemas a serem solucionados nesses campos. Isso se houver no país investimentos significativos e inteligentes, como ocorreu com Barcelona  em 1992. As Olimpíadas trouxeram para a cidade enormes modificações: várias partes da cidade foram revitalizadas e a Vila Olímpica, construída num ponto estratégico da cidade, que antes era bastante marginalizado, além de melhorias no trânsito, incentivo ao turismo e geração de vários empregos diretos e indiretos.

Mas vou deixar para pensar no Rio 2016 mais tarde. Por enquanto, quero aproveitar o clima das Olimpíadas em Londres, para me lembrar do cenário, que receberá os jogos e que certamente encantará a todos, e matar um pouco das saudades da cidade.



Fotos: Jacqueline Costa

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Romântico e brega

Jacqueline Costa

Fiquei pensando no que me disse a prima Ticinha: "ser romântico é brega para os cults".

Nos últimos tempos, senti-me a mais romântica ou a mais brega das criaturas. Acho que o casamento tem alterado substancialmente como vejo o mundo. Não posso entrar em blogs de noivas e ler sobre a história e trajetória de outros casais, que já me emociono. Flores coloridas tem exercido em mim um poder nunca antes sequer notado e as histórias da vida real, contadas em programas de tv, tem sido mais bonitas.
Não me refiro àquele romantismo à moda antiga, com serenata, declarações e poesias. Quero falar do romantismo factível hoje, daquele que podemos viver e conciliar com o dia a dia, com o trabalho, com a malhação, com os estudos. Isso é encontrar o amor nas pequenas coisas, nos mínimos cuidados e nas atitudes de todos os dias. São coisinhas que não nos tomam muito tempo e que podem ser muito importantes para o outro, que são capazes de alegrar e de colorir o dia.

Esse romantismo, que no fundo todos querem viver, é considerado por muitos e pelos mais duros ridiculamente brega. Os cults, a que a Ticinha se referiu, são, para mim, aquelas pessoas racionais, que explicam tudo tecnicamente, e deixam, muitas vezes, a paixão de lado. Eles não perdem tempo com corações e nem lacinhos de fita e não dão muita atenção para aqueles sonhos cor-de-rosa, que quase toda menina tem.
Eu não me envergonho da posição que assumo. Só sei que tenho achado cada dia mais gostoso botar toda a essa breguice em ação. Gosto de balões, de flores, de presentear inesperadamente, de aprender um prato especial para uma noite comum e de amar muito! Quero que a breguice, que me inspira, seja como o amor: "eterno enquanto dure".

Foto: Reprodução


Gabriela no telhado

Jacqueline Costa

Hoje vai ao ar a histórica cena da novela Gabriela, em que a personagem de mesmo nome sobe no telhado, para pegar a pipa das crianças, que brincavam ali por perto.


Eu não li o romance de Jorge Amado, publicado em 1958, que retratou a sociedade baiana, do início do século passado, com seus coronéis, trambiqueiros de todo tipo, religiosas e quengas. Ele fala de uma Bahia rica por causa do cacau e da economia local, que prosperava com a sua produção. Não vi a primeira versão da novela em 1975, porque não era nem nascida, nem tenho acompanhado a nova versão, por causa do horário. Mas eu e praticamente todos os brasileiros nos lembramos ou já ouvimos falar daquele telhado em Ilhéus, em que Gabriela subiu, deixando os homens da cidade boquiabertos e as mulheres religiosas, em polvorosa.
Acho que hoje vou ficar acordada até um pouquinho mais tarde para ver como Juliana Paes repetirá a cena, imortalizada por Sônia Braga. Afinal de contas, é novela sim, mas baseada na obra de um dos maiores escritores brasileiros. Será que ela segura?




quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sephora

Jacqueline Costa



A Sephora inaugurou a sua primeira loja no Brasil neste mês. Ela está no JK Iguatemi, shopping que teve a sua abertura adiada por dois meses, por não ter observado as determinações sobre as obras necessárias no entorno, para reduzir o impacto viário na região. Toda essa espera só fez aumentar a ansiedade das fashionistas em busca de produtos, que antes só podiam ser adquiridos no exterior ou pela internet.

Antes que alguém me pergunte, especialmente os rapazes, por que não comprar pela internet, com toda a comodidade, sem ter que sair de casa e enfrentar o trânsito, shopping e loja cheia, eu explico. Toda mulher, às vezes, precisa desse ritual de beleza: ir à loja, conversar com a vendedora, experimentar o produto e decidir calmamente o que levar.

Aliás, ter contato com o produto e testá-lo é muito importante na hora de escolher uma boa maquiagem e produtos para a pele. Quanto à maquiagem, é bom verificar a textura dos produtos, a fixação, os aplicadores. Já em relação à pele, só tendo contato com o produto, pode-se verificar se é ou não demasiadamente oleoso para o seu tipo de pele, a qualidade da absorção e se causa algum tipo de irritação. Isso sempre é muito importante, especialmente quando falamos de produtos mais caros e mais elaborados. Comprar um creme caríssimo e depois descobrir que ele não é bom para a sua pele, definitivamente não dá.


Eu estive na Sephora apenas para conhecê-la. Ainda não voltei lá para me submeter a esse ritual feminino, mas espero fazê-lo em breve. Em todo caso, as minhas primeiras impressões foram bastante positivas.

As vendedoras são muito atenciosas e bem preparadas. Conhecem os produtos e especialmente o público que os procura e sabem indicar que produto pode substituir outro.

Marcas como Dior, Lancôme, Chanel, Clinique, Bare Minerals, Benefit, Urban Decay, Make Up For Ever estão lá. Há um espaço dedicado à perfumaria, cosméticos e nail care.  Mas, obviamente, os produtos da Sephora dominam as prateleiras. A loja quer mesmo fazer com que os produtos da marca caiam no gosto das brasileiras, como aconteceu com a MAC.

Aliás, ao contrário do que ocorre com Sephora, no http://www.sephora.com.br/, a loja não vende os produtos MAC, um dos carros-chefe das vendas on line no site brasileiro. Suponho que isso ocorra ou por haver loja própria da MAC no mesmo shopping ou por ser a http://www.sephora.com.br/ a sucessora da http://www.sacks.com.br/, que já revendia a marca. Enfim, são apenas hipóteses.

Devido ao burburinho da inauguração, muitos produtos se esgotaram, como a paleta de sombras Naked 2 da Urban Decay. Isso também aconteceu com alguns tipos de rímel da Lancôme. Mas creio que, em alguns dias, a reposição das mercadorias mais procuradas esteja normalizada.

Para quem viaja muito para o exterior, os produtos na Sephora, após entrarem no Brasil e sofrerem todos os efeitos da tributação, são bem caros. Mas é o custo de tê-los sem ter que esperar pela próxima viagem e sair da loja com eles na sacola, para poder usá-los hoje mesmo.

Em relação a isso, não posso generalizar, como se tudo na loja estivesse pela hora da morte. Contornando a fila dos caixas, há mostruários com produtos em oferta e com os produtos mais baratos da loja. Há coisinhas bem interessantes, como um kit de lixas de unha da Tweezerman, o curvex da mesma marca, que é fantástico, e o removedor de maquiagem bifásico da Sephora, que eu não experimentei, mas é bem baratinho.

Penso que os prós superaram os contras aqui postos, porque são muitas as novidades no mercado brasileiro, trazidas pela Sephora. Mas infelizmente ainda terei que esperar por algum tempo a chegada de marcas como Smashbox e Illamasqua. Quem sabe daqui a pouco as teremos aqui, né?

Fotos: Reprodução

terça-feira, 24 de julho de 2012

Descoberta

Jacqueline Costa

Há alguns dias, o Gui me enviou uma notícia sobre a descoberta de roupas íntimas, que datavam da Idade Média. Eu, como uma seguidora e leitora de todos os posts do site da Julia Petit, resolvi encaminhar essa notícia como sugestão de um petisco.

Elaborei uma introdução para explicar como essa história tinha me atraído e porque contá-la. A Família Petiscos respondeu o meu e-mail, convidando-me a escrever mais algumas linhas, desenvolver e concluir o texto.

Eu o fiz e voilá! Segue o texto publicado em http://juliapetit.com.br/moda/descoberta/


Há alguns dias a Hope lançou a coleção para noivas, assinada por Wanda Borges, com peças lidíssimas em renda. Gostei bastante da coleção e até fui a uma loja conferir. Por mais que seja criada para noivas, as peças podem ser usadas em qualquer ocasião.


Saí de lá pensando justamente em como seduzir ficou mais fácil, depois da invenção e especialmente depois que a lingerie ganhou a atenção que merece, passando de roupa de baixo a artigo de moda. E hoje, que mulher não gosta de entrar e se perder em uma loja maravilhosa de lingerie? E que mulher não se sente muito mais poderosa e autoconfiante, quando usa aquela calcinha e aquele sutiã especiais? Ainda que essas peças estejam por baixo de um simples jeans e de uma camisetinha batida, elas fazem com que a gente se sinta muito mais bonita.

Acredito que a lingerie sempre esteve associada à sedução, mas depois que o Instituto Arqueológico da Universidade de Innsbruck, na Áustria, divulgou que foram encontradas peças medievais no subsolo do Castelo Lemberg, ela se destaca e mudará a história da moda. As peças estavam guardadas em uma espécie de cofre, desde o século XV, quando o castelo passou por uma grande reforma, e foram conservadas devido ao clima e as condições de acondicionamento.

Sempre imaginamos que os espartilhos tinham sido substituídos pelo sutiã há 100 anos, mas não contávamos com o fato de que as mulheres na Idade Média, já desfilavam seus sutiãs de linho. Não é apenas isso que surpreende nessa descoberta. Foi totalmente inesperado perceber que as calcinhas, que, até então, para nós, datavam do século XVIII, foram usadas por aquelas mulheres, que pareciam tão distantes de nós, mas que elas usaram um modelo tão atual, que toma conta do litoral brasileiro no verão: cortininha com lacinho.

Certamente, mesmo com a mulher desempenhando um outro papel na sociedade da Idade Média, essas peças já deviam mexer bastante com o imaginário masculino e, ao mesmo tempo, conferiam a elas conforto, alterando, inclusive, algumas premissas sobre seus hábitos. Isso só nos faz constatar que independente da época, as mulheres com sua lingerie, possuem um imenso poder de sedução.


Foto: Reprodução

Um pouco sobre o que escrever é para mim

Jacqueline Costa


Para nós, simples mortais, escrever não é uma arte. É apenas uma obrigação. Obviamente, não me meto a discutir a educação no Brasil. Não é esse o ponto. Não quero generalizar, dizendo que o brasileiro não sabe escrever, fala errado sem que isso esteja relacionado com regionalismos ou simples interjeições nem nada disso. O que muito me entristece é perceber, que pessoas que tiveram as mesmas oportunidades que eu, que estudaram nas mesmas instituições de ensino e que são tão ou mais espertas do que eu, não dedicam o menor zelo à escrita. Publicam erros, que beiram a vulgaridade, nas redes sociais, como o famoso "de mais" (separado!), redigem ofícios, comunicados e qualquer outro documento oficial, como se estivesse mandando um bilhete, e fazem do "naum" e do "pro/pra" itens obrigatórios na redação. Sinto informar, mas a língua portuguesa não é um chat na internet. Quando somos alfabetizados, assumimos o compromisso de usá-la para nos comunicar, mas usá-la da melhor forma possível. Afinal, por que não podemos nos comunicar bem? A vida social é regida por regras. Por que a língua, a escrita e a comunicação também não podem ser?

Voltando à questão da arte, há pessoas que usam a língua de maneira belíssima, que a dominam e sabem emocionar as outras com as palavras que escolhem. Essas pessoas normalmente não se consideram artistas. Elas apenas possuem mais desenvoltura no domínio da línguagem e, em especial, na justaposição das palavras. É isso que faz tocar. Nós não temos que ter essa pretensão. Eu não a tenho. Escrevo apenas o que sinto e descrevo o que vejo, com um pouco daquele zelo, que há pouco me referi.

Sobre o que escrever, devo dizer que existem pessoas, que escrevem muito bem, mas apenas sobre determinados temas. Se você impuser um tema novo, elas não dão conta. As pessoas excessivamente politizadas, como aqueles hippies do DA da fauldade, costumam ser assim. O que me seduz na escrita é encarar cada novo tema como um novo desafio e tentar superá-lo da melhor forma possível. Não ter vergonha de falar e se posicionar sobre tudo - da novela ao jornal, passando pelos comentários esportivos - ajuda bastante. Nesse ponto, a minha geração, anterior ao ENEM, era muito bem preparada. Afinal de contas, passamos o Ensino Fundamental e Médio sendo desafiados com temas clichês e politicamente corretos, que poderiam aparecer no vestibular. Eu nunca gostei de escrever sobre violência doméstica, a questão do lixo, racismo e nem nada disso, mas sempre encarei como "é o que tem para hoje". E ainda hoje, sempre que aparece algum tema, desde mensagens para os meus tios em encontro de casais à redações oficiais em concursos públicos, penso sempre nisso. Obviamente, quando escolho sobre o que escrever, vou direto falar sobre as pessoas, comportamentos e coisas que me chamam a atenção, mas, ainda assim, nem sempre falo de coisas que tem a ver comigo. O brasileiro tem tanto jogo de cintura para dar um jeitinho daqui e dali. Por que não o usar para escrever e desenvolver quaisquer temas que nos sejam impostos?

Em todo caso, acho que todo mundo devia experimentar. A escrita vicia. Quando eu vejo coisas que me chamam a atenção, eu imediatamente penso em como redigiria algo a respeito, como contaria aquela história. E você percebe que se apaixonou e não consegue viver sem essa espécie de grito silencioso, ao expressar o que sente e o que vê no papel, quando começa a relacionar temas sobre o que ainda quer falar. Eu coleciono muitos e acho que todo mundo devia viver esse tipo de paixão.

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