sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sexta 13

Jacqueline Costa



Simplesmente o fato de o dia começar deu ensejo a um monte de posts e correlações entre a sexta 13 e o ano de 2013 e sorte, azar. Já ouvi todo o tipo de piadas sobre o meu negro gato favorito, que atende pelo codinome Dinarte, e enquanto estava rindo, ok! Só que agora fiquei abismada, porque acho que as pessoas realmente acreditam nisso.

E acreditam... Vejo patuás de todos os gostos, para todo lado, inclusive tem uma pingente de pimenta no meu pescoço. Ouço histórias, que me parecem absurdas, mas demonstram a fé das pessoas no inexplicável, no sobrenatural. Cartas, búzios ou tarô são para mim tudo a mesma coisa: expressão da crença em algo que não se pode ver e esperança em um futuro bom ou, pelo menos, melhor do que o agora.

É essa esperança que fazem as pessoas jogarem semanalmente na mega-sena e fazerem planos para o prêmio que até hoje não apareceu. Como diz o Gui, esse é o psicólogo mais barato que existe. Pensar no que fazer com o dinheiro, no que você compraria, para onde iria, onde moraria deixa qualquer um feliz ainda que momentaneamente.

Aprendi a me responsabilizar mais por minhas escolhas e deixar menos a minha vida à mercê do acaso.  Eu escolho para onde quero ir, faço planos e traço meu futuro. Claro que, de alguma forma, às vezes, as coisas saem um pouco do controle e eu me vejo um pouco espectadora da minha própria vida, fico deixando que os dias passem livremente, como se estivesse na espera por uma solução milagrosa. O único milagre, nesse caso, é retomar as rédeas e trabalhar por mim mesma.

Hoje é sexta-feira. Só por ser sexta, já considero ser um dia de sorte, muita sorte. Ainda mais quando se tem o prenúncio de um fim de semana sensacional pela frente, com visitas, andanças e muita conversa fiada! Assim, dá para pensar no azar, caso ele me assombre, só na segunda, né?

Foto: Reprodução.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Eu realmente dei sorte

Jacqueline Costa



A Bella sempre diz que eu dei sorte. De fato, tenho que concordar que eu realmente dei muita sorte. Vejo os imbróglios em que as pessoas se metem quando o assunto é amor e isso só reitera a constatação da Bella: Eu dei sorte!

Não é fácil encontrar alguém que se enquadre nos parâmetros que estabelecemos ao longo da vida. Até aceitamos flexibilizá-los um pouco. O príncipe já não precisa mais ser tão moreno, tão alto e nem tão sensual. Ou então atenuamos o significado desses adjetivos e constatamos que uma barriguinha aqui ou uma gordurinha ali não descaracterizam o que se entende por sensualidade. Para ser moreno, basta um cabelo escuro. A essa hora, ninguém mais espera que o príncipe tenha tempo para tomar um sol e dourar a cútis antes de me encontrar. A altura também é relativizada, afinal o meu salto pode se adaptar a ele. Tempos em que era ele quem tinha que se adaptar ao meu salto ficaram para trás.

Mas mesmo com tanta força de vontade, é duro constatar que, ainda assim, não está fácil para ninguém. Acho que, em algum momento, todo mundo acaba se questionando ou apenas aplicando algum procedimento de verificação de praxe para ver onde está o erro.

Não há erro. Há desencontros. Conheço tantas pessoas que me parecem almas gêmeas, mas não se encontram. É o que dizem por aí: Não estão no mesmo "time".

É, foi aí que encontrei a sorte: Achei quem estivesse no mesmo "time" e com a mesma disposição para fazer dar certo que eu. E deu certo. Aliás, dei sorte.

Foto: Glades Olivier