segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Coisa de fã

Jacqueline Costa


No último post, eu contei da minha espera pelo show do Diogo, espera essa que teve fim no último sábado. Então, depois disso, resolvi escrever um novo post para contar como foi.

Minha irmã convidou algumas amigas para nos acompanharem, visto que eu, irredutível, estava disposta a ir até sozinha.

Estava ansiosíssima e fiquei pronta antes de todas elas. Sentei-me no sofá da sala, vi TV, li todas as notícias do meu Reader e verifiquei todos os últimos posts do meu Facebook. Cada minuto daquela longa espera parecia ser dez. Constatei o quanto o tempo é relativo, quando estou ansiosa. Aquela espera parecia interminável.

Todas prontas, partimos para Pará de Minas. Pela fila já formada na porta, quando chegamos, constatei que a atração realmente não era comum para a Girus. Como já não havia mais vagas na rua, tive que me render ao estacionamento de R$ 30,00, um absurdo para a região. Aliás, estive lá há três semanas e, até então, o mesmo estacionamento custava R$ 20,00. Pelo visto, eles calculam o preço de acordo com a atração do fim de semana.

Não tivemos problemas para comprar o ingresso nem para entrar na casa. A fila foi bem mais rápida do que eu imaginava. Fomos direto para o ambiente, em que seria o show, e encontramos ainda três banquinhos de frente para o palco. Dali o Diogo cantaria a uns três ou quatro metros de mim. Como na pista existe um vão bem mais baixo, onde ficam os fãs desesperados, não teria cabeça nem braços na minha frente. Era perfeito.

Disse para as meninas que, se elas quisessem, poderiam dar uma volta, porque eu ficaria ali parada, quase uma estátua, até que o show começasse. Estava disposta a ficar ali até às 5h da manhã se fosse preciso. Fui pronta para uma prova de resistência, caso necessário.

Mas não foi. Tive que aguardar pacientemente apenas um show de uma banda, que fez a abertura. Para quem já tinha esperado tanto, aquelas dezenas de minutos não chegaram a se eternizar. Todavia, devo dizer que foi um pouco difícil.

A pretexto de ser uma casa bastante eclética, a Girus, às vezes, se esquece que alguns públicos são muito específicos. A abertura ficou por conta de uma banda de rock nacional. Eles bem que tentaram tocar as músicas mais conhecidas dos anos 80, mas quase ninguém estava interessado. Na verdade, o pessoal já se mostrava impaciente no aguardo pelo Diogo.

E chegou a hora. Depois de tanta espera, as luzes do palco se acenderam, a banda começou a tocar e foi hora de cantar com ele todas as músicas que ensaiei no carro, em casa e na casa dos outros, para onde eu sempre carregava meus DVDs. Foi bem mais do que emocionante para mim. Parecia que todas as luzes ao redor tinham sido apagadas e as pessoas, desaparecido. Eu só via o Diogo bem na minha frente e aquela voz linda, ecoando. Tentei gravar na memória cada minuto, cada segundo daquele show, mas, por garantia, também registrei alguns momentos na minha câmera. Já me sentia privilegiada por poder vê-lo novamente no próximo dia 14.

Demorou, pelo menos, umas sete ou oito músicas para eu me situar e sair do sonho. Pela primeira vez, eu me senti, de fato, fã, admirando profundamente meu ídolo.

O show é mesmo sensacional. E não fui só eu, que o avaliei assim, as meninas também adoraram. É mais do que uma roda de samba. É um espetáculo mesmo, com dança de salão, um cenário lindo e a banda fantástica.

Vivi tudo aquilo com bastante alegria, mas acabou. Ao final do show, fomos para a porta do camarim e nos surpreendemos com o número de pessoas, que tiveram a mesma ideia, que nós. Havia mais ou menos uns 80 fãs se empurrando, se degladiando pela possibilidade de uma foto ou um autógrafo do ídolo.

Constatei que essa guerra, esse empurra-empurra não era para mim. Já estava mais do que feliz por ter ido ao show e por essa apresentação ter superado todas as minhas expectativas.

Ficamos lá perto conversando e o pessoal da banda começou a sair. Eu vi o senhor que faz uma dancinha com as backing vocals, em “Água de chuva no mar”, do primeiro DVD. Eu o abordei e disse isso a ele, que riu e provavelmente nem deve se lembrar da dancinha, que fez. Tirei uma foto com ele, que afirmou que o Diogo atende todas as pessoas, que queiram conhecê-lo. Eu imaginei uma certa atenuação para o “todas”, na afirmação do moço. Pensei que o “todas” tivesse um limite temporal intrínseco ou que o cansaço do cantor o limitasse e desprezei a afirmação.

Quando menos esperava, uma amiga da Carol me puxou pelo braço e quando me dei conta, estava de frente com o Diogo. Perguntei ao segurança se eu podia começar a chorar naquele instante ou se esperava abraçá-lo para abrir o berreiro. O segurança riu. A primeira coisa, que veio a minha cabeça, é que ele realmente faz jus à designação “Gato Nogueira”. Diria mais: acho que merece acrescentar o superlativo “Gatíssimo” entre o nome e o sobrenome.

Eu o abracei, tirei uma foto e disse que eu não tinha nada para falar com ele. Depois daquele show e de ouvir a voz dele, eu ia falar o que? Ele também riu bastante. Contei para ele o quanto estava presente na celebração do meu enlace. Ele, extremamente gentil, agradeceu muito.

Quando foi a vez da minha irmã, mais do que depressa, lancei mão de todos os méritos por isso e afirmei que ela só estava ali por minha causa, que fui eu quem a apresentou os DVDs dele em casa e os CDs no carro. Ele riu mais ainda. Eu a desconcentrei e ela permitiu ser fotografada sem seu melhor ângulo. Agora, está muito chateada com a foto e já disse que não irá divulgá-la de jeito nenhum. Penso que o Diogo atenua qualquer falta de melhor ângulo em uma foto.

Lá descobrimos que o DVD Ao Vivo em Cuba foi, na verdade, gravado despretensiosamente em um show que ele fez lá. O show foi filmado e o resultado, entregue à gravadora, que o achou tão bom, que resolveu transformá-lo em DVD. No show desse novo trabalho, além do samba de gafieira, o Diogo apresenta um número de salsa. Resolvi postar aqui o vídeo, em que ele dança o samba, para mostrar que a salsa pode ser um desafio para o meu coração, mas não consegui fazê-lo por limitações tecnológicas. Por isso, aqui vão mais algumas fotos.





Depois de tanta alegria, eu queria que o resto da noite passasse logo, para que eu pudesse ligar para o Gui e relatar com detalhes toda a minha alegria! Queria também contar que o Diogo se tornou um exímio dançarino, depois de começar o “Dança dos Famosos” mais duro do que um poste, o que desafia a imaginação de quem o vê hoje e pensa que ele já nasceu com todo aquele gingado. Sendo assim, acho perfeitamente possível que nos tornemos especialistas em dança de salão. O mambo que nos aguarde! Ou seriam as sombrinhas de frevo do Recife? O Gui pode escolher!

Fotos: Jacqueline Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A sua opinião, positiva ou negativa, sobre as minhas palavras sempre é importante para mim. Obrigada pelo feedback e por me ajudar a aprimorar e pensar sobre o que escrevo!