Jacqueline Costa
Enquanto estava na Índia, não postei nenhuma história nova aqui no blog não por preguiça, por descuido nem por querer férias de tudo. Não postei nada, porque não levei computador. Apesar de ter o Ipad, não tínhamos uma conexão, que me ajudasse nessa tarefa. Além disso, não queria contar nada sem ilustração e não tinha como transferir minhas fotos da câmera para o blog.
A gente também, quando viaja, sempre quer sair muito, conhecer tudo, saber como um mundo tão diferente do nosso funciona, mas sempre há um tempinho para relaxar no quarto, ver um pouquinho da TV local e acabar voltando para a BBC, já que o críquete e suas regras não são nossa especialidade e de Bollywood, já basta a versão brasileira encenada, de tempos em tempos, por Glória Perez, no horário nobre. Mas eu estava de férias e não queria me obrigar a nada. Não consegui criar uma rotina para escrever dentro desses dias sem regras para ditar horários ou o que fazer. Achei melhor guardar tudo para contar na volta, por meio do meu computador, com as fotos que tiramos. Não queria resumir nada e nem esconder qualquer detalhe.
Em uma das vezes que consegui acessar a página do Toda conversada no Face, eu me deparei com a melhor afirmação, que já me foi enviada, desde que tenho o blog. O meu sumiço temporário foi expresso da forma mais objetiva e eloquente:
"Toda conversada, você está muito calada!"
A Jaqueline Nascimento, que trabalha comigo, me mandou essa mensagem. A minha vontade foi parar na frente do Ipad e escrever até esgotar todas as histórias, que já tinha vivido na Índia até então. Mas também não podia deixar de viver o que ainda tinha por viver para fazer isso.
Morri de saudades disso! Escrever, escrever e escrever. Contar as histórias e falar do quanto tudo na Índia me chamava a atenção. Acho que já vou vivendo, tentando diagnosticar o que pode se transformar em uma boa história para o Toda conversada. E, por mais que pareça estranho, isso é uma delícia! Vou contar tudo aqui.
Acho que as nossas carinhas na foto são capazes de resumir tudo o que pudemos ver e viver lá, né?
Foto: Jacqueline Costa
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