quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A escolha do traje indiano para o casamento

Jacqueline Costa



Além de passear, nos deliciar com a comida indiana e curtir as nossas férias, tínhamos a missão de comprar trajes típicos para o casamento, que fundamentou a nossa ida para a Índia. A princípio isso pode parecer uma missão muito fácil, mas, definitivamente, não foi.

Assim como para calças jeans, há uma infinidade de marcas de roupas indianas, tipos, modelos específicos e adequados para casamento. Tínhamos que saber ainda o que está na moda lá ou não. Pior, teríamos que procurar alguma coisa que nem sabíamos exatamente o que era.

A primeira coisa que descobrimos é que não existem apenas sáris para as mulheres. Outros modelos também podem ser usados nos casamentos, como anaarkali, que é um vestido rodado com saia, e salwar suit, que é um vestido bem menos rodado e com cortes laterais sobre uma calça.

Eu precisava arrastar meu sári na medina. Por isso, seguimos direto para a loja, que nos foi indicada pela noiva para a compra do sári. Havia cada tecido maravilhoso e tudo era bastante caro, mas eu estava bastante disposta a pagar o preço. Escolhi um em tons de verde e azul, minhas cores preferidas, mas não contava com um empecilho: Embaixo do sári é preciso usar petitcoat, que é uma espécie de anágua, e blouse, que é um top cropped lindo! Já estava pensando que isso com uma saia alta ia arrasar posteriormente... O problema é que essas duas peças são feitas sob medida e demoram, pelo menos, três dias para ficar prontas. Nós não tínhamos todo esse tempo antes de partir para Udaipur, onde aconteceria o casamento.

Ainda que superasse esse obstáculo, ainda tinha que aprender como vestir o sári. Aquela ideia que passa na cabeça de todo mundo, que se trata de uma toalha enrolada Fui obrigada, bem a contragosto, a desistir da ideia.

Na busca pelos outros possíveis modelos, encontramos uma loja, por que eu fiquei simplesmente encantada: a Fabindia. Lá tem todos os tipos de roupas indianas femininas e masculinas, acessórios, itens para a casa, óleos, sabonetes e cremes hidratantes. Ou seja, lá tinha tudo que eu gosto. Se um dia eu voltar na Índia, terei que voltar naquela loja e vou indicá-la para todo mundo que for dar uma voltinha lá na terra das especiarias.

Eu e o Gui nos divertimos horrores, provando as roupas e vendo o que ficaria melhor em nós. Eu já olhei para a calça pensando que era melhor eu arrumar algo que combinasse com preto para eu usar a minha legging por baixo, porque aquilo não passaria na minha canela extremamente roliça de jeito nenhum! Aprendi que havia um truque para vesti-la e passou! O Gui tinha encontrado uma roupa linda, mas não tinha a que fosse do tamanho dele. Ou era grande demais ou a camisa ficava justinha, o que não coadunava com o propósito do traje. Tivemos que escolher outro modelo. Enfim, encontramos um, que tinha toda a combinação exata! Não podia perder a oportunidade e escolhi logo uma clutch para combinar com a minha roupa e que agora vou usar bastante aqui no Brasil.

Tudo separado e conferido, o Gui saiu de lá com os trajes do Alladim em mãos, mas tivemos que passar em outra loja para comprar os sapatos, que é a parte mais importante da roupa. Eu sai completa, porque já tinha as sandálias para combinar. Optei pelo salwar suit, já que não era possível encontrar o sári e o anaarkali é um traje, digamos, bastante "engordativo"... Mas escolhi um modelo lindo, com as minhas cores prediletas e que poderei modificar depois. Já sai da loja cheia de ideias para isso!

Pronto! Já estávamos aptos a participar de um casamento indiano. Agora só faltavam os dias de festa em Udaipur, que depois contarei como foi.

Fotos: Jacqueline Costa

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