Jacqueline Costa
Dei um tempinho das histórias da Índia para falar desse tempo mágico, cheio de luzes piscando, velhinhos barbudos, causando comoção por onde passam, e olhos brilhantes de crianças e adultos. É Natal!
Queria que esse tempo tivesse o mesmo efeito para todo mundo, quanto tem para mim. O Natal sempre provoca em mim uma profunda reflexão sobre como foi o meu ano, o que preciso mudar e o quanto gostaria de ter feito algumas coisas diferentes. É tempo de limpar o guarda-roupas e tirar tudo aquilo, que não uso mais, porque certamente existe alguém, que veste o mesmo número que eu e está precisando. As confraternizações, o encontro com os amigos e com a família sempre me fazem perceber o quanto eu amo as pessoas, que me cercam, e quanto eu gostaria de passar mais tempo com elas.
É hora de eleger minhas prioridades para o próximo ano. Elenco o que deve ser feito, o que precisa ser feito e o que pode ser feito. Penso sempre que tenho mais do que preciso e quero ser mais do que sou. Nessa época, sempre concluo, que li menos do que gostaria, que estudei menos do que deveria e que meus sonhos foram maiores do que eu. Constato que há em mim muito mais força, muito mais fé e que posso muito mais do que eu penso.
Gostaria que o Natal fosse, para todo mundo, uma época de balanço, de amor e de muita alegria. Queria fazer com que as pessoas sentissem o que eu sinto. No entanto, para muitos, só isso não é suficiente.
Presentear é sim muito gostoso. Adoro comprar aquilo que me fez lembrar alguém, que amo, e surpreender, por não se tratar do aniversário, de um dia especial nem nada disso. Para mim essa demonstração de carinho é o que realmente significa presentear. É lembrar de alguém e pensar no quanto o que comprei combina com a pessoa, o quanto poderá agradá-la ou só mesmo fazer rir.
Esse é o ponto. Eu detesto a lotação das lojas no mês de dezembro. Aliás, evito shoppings nessa época. Ver as pessoas lotadas de sacolas e em busca de muitas mais só porque é Natal me deprime. Ver as pessoas desesperadas, pensando no que comprar para as outras, só porque é Nata, me chateia. Ver todo mundo correndo atrás de coisas, que nem sabe o que são e para que servem, só para fazerem bonito no presente de fim de ano, me deixa bastante triste.
Queria que as pessoas abrissem mão das fitas, laços e caixas e se dedicassem aos mais profundos abraços, que permitissem um encontro de almas com aqueles, que amam. As pessoas deveriam experimentar mais perdoar sinceramente e rezar por aqueles, que ainda não conseguiram compreender o significado do encontro, do carinho e do perdão. Se as pessoas praticassem de coração todo o amor, que parecem ter nessa data, o mundo seria mesmo um lugar de muita paz.
Quero um mundo mais sincero. Quero que todo mundo entenda o valor de coisas simples, como uma ligação para simplesmente dizer que está com saudades e para me desejar um Natal e um Ano Novo felizes. Quero ver mais amor. Quero viver mais amor. E quero que todo mundo descubra o quanto é bom amar de todo jeito, de qualquer jeito.
Tirinha: Maurício de Sousa.
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