segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Para quando precisar desacelerar

Jacqueline Costa



Hoje acho que, desde que acordei, estou com uma vontade enorme de parar na frente do computador e escrever. Pensei em mandar um e-mail no formato de cartinha de amor para o Gui, mas pensei que essa seria a minha escolha óbvia. Depois pensei em fazer alguns exercícios de Português, para ver se a vontade passava, mas não deu certo. Agora estou aqui. Era disso que eu sentia falta.

Falar, por meio do Toda conversada, com as pessoas que dedicam um pouquinho do seu tempo para ler o que escrevo, me alegra, faz o tempo passar mais rápido e faz com que eu me sinta muito mais leve. Sinto como se fosse um desabafo, independente do tema escolhido. Adoro fazer isso e só diminuí o ritmo por uma causa bastante nobre: os estudos.

Claro que o foco da minha vida, nesse momento, é estudar, estudar e estudar mais um pouquinho.  Eu conheço um monte de gente nessa mesma situação, seja por causa do fim do semestre atrasado na UFMG, seja por causa de concursos ou OAB. Fato é que estudar é muito difícil, em qualquer situação. Manter a concentração e o foco o tempo todo, não é nada fácil. Queria ter o poder de ler mais rápido, aprender mais rápido e fazer exercícios na velocidade da luz, mas não tenho nenhuma dessas habilidades.

Eu também não sou do tipo, que consegue fazer outras coisas na vida além de estudar. Se eu sair, vou ficar o tempo todo pensando que se estivesse em casa, já teria estudado isso e aquilo. Não consigo relaxar. Com o tempo a gente aprende a aceitar que existem características nossas que não mudam. Entre as minhas imutáveis marcas, está essa.

Mas com o tempo, também aprendi que preciso de uma válvula de escape, já que não consigo sair, badalar, viajar nem nada disso. Em outras épocas, comeria desesperadamente. Agora, mais comedida, com a ajuda do Gui e com medo de não caber no meu vestido de noiva, tive que substituir essa válvula por outra.

Eu e o Gui buscávamos por alguma atividade física, que pudéssemos praticar juntos e a natação caiu como uma luva! Afastou as minhas dores no corpo, melhorou o meu humor e eu tenho dormido muito melhor. E nada bota a minha barriga para dentro  e fortalece as minhas pernas como a natação. Percebi, então, o quanto nadar tem sido importante para mim. Isso faz com que eu me sinta bem o dia todo e me dá mais energia para estudar.

Todo mundo precisa de um tempo para relaxar. Acho que encontrei o meu na piscina. Além disso, não tem segredo nenhum. O negócio é ficar colado na cadeira e meter a cara nos livros. Quanto a isso, não tem segredo. O negócio mesmo é correr atrás! À medida que o tempo vai passando, sinto como se tivesse começado uma corrida e agora estou na fase de aumentar o ritmo.

É assim que eu encaro as coisas. Ainda que depois da prova não tenha motivos para comemorar, terei, ao menos, a consciência tranquila de que fiz o que pude.

Foto: Reprodução.

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