quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Papa no Brasil

Jacqueline Costa



Na semana passada, o assunto que dominou os noticiários foi a visita do Papa Francisco. Muita gente pode dizer isso ou aquilo a respeito da Igreja, mas a verdade é que é impossível ser indiferente a ele. O mais pop dos papas trouxe muitos mais questionamentos para nós do que os que comumente propomos para contestar a Igreja.

Figura carismática, o senhorzinho fofo conquistou muitos fiéis nessa visita e o respeito inclusive de pessoas de outras religiões. Sempre sereno, ele arrebatou corações quando falou que quem é ele para questionar ou condenar a fé dos gays e conclamou os jovens a serem verdadeiramente revolucionários e, sobretudo, a acreditarem no amor.

Em tempos de relações efêmeras é verdadeiramente revolucionário quem acredita na instituição do casamento, quem quer construir uma família e passar o resto da vida juntos. Eu sou uma revolucionária. Acho que sempre fui, sempre acreditei, apesar de muitas vezes pensar que isso não era para mim, que não ia acontecer comigo. Complexos de inferioridade à parte, o compartilhar a vida e planejar juntos tudo que virá é maravilhoso. Considerar que não sou mais eu, mas que somos uma equipe, muda tudo. Somos nós dois. Temos a nossa vida.

As pessoas também deixaram de lado a fé. Não estou falando da religiosidade necessariamente. As pessoas perderam a fé na vida, no próximo e no amor. Só isso explica comportamentos cada vez mais frequentes de falta de respeito, de caridade, compaixão e de amor ao próximo.

São as nossas crenças que embasam as nossas metas, que solidificam o que buscamos e que definem que sempre queremos um futuro melhor. Todo mundo só espera alguma coisa de um sábado à noite e de viver sempre como se fosse o último dia da vida, como se tudo pudesse imediatamente acabar. E realmente pode, mas sopesar o futuro e o imediato, é preciso. Afinal de contas, não podemos ficar na mão se o tal do futuro chegar.

É preciso acreditar, é preciso ter fé na gente mesmo, nas pessoas e no mundo. É preciso planejar e construir um mundo melhor e que cada um acredite que seu mundo pode ser melhor. É preciso acreditar de verdade, de coração.

O Papa inspirou muito carinho, muito amor em todos esses dias em que esteve no Brasil. Assim como ele, já estou com saudades. Ele, sem dúvida, resgatará muitas pessoas que se afastaram da Igreja, mas, mais do que isso, ele pregará a importância de acreditar e de ter fé especialmente no amor.

Foto: Reprodução.

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