Jacqueline
Costa
Há
alguns dias, li uma história tão bela, que inspiraria até o Maneco, e resolvi
contá-la aqui. Acho lindas essas histórias de amor, em que o casal passa a
maior parte da vida juntos e que de descobrem a cada dia mais apaixonados um
pelo outro. Como já disse em outro post,
penso que, no fundo, todo mundo quer viver um amor assim, cheio de amor,
companheirismo e cumplicidade.
O
casal Maureen e John Read vivia junto, há mais de 50 anos, em Bideford, North
Devon. Um câncer terminal acometeu Maureen e John já sofria da Doença de Crohn’s.
Numa
manhã, eles pediram para os filhos, que os levassem à beira do rio Torridge e
eles, prontamente, atenderam ao pedido do casal. Maurren e John passaram horas
abraçados, deitados em sua cama de casal, admirando a vista juntos.
No
dia seguinte, eles foram encontrados mortos, naquela mesma cama, de mãos dadas
e dividindo o mesmo travesseiro. Uma autópsia identificou que a causa da morte
dos dois foi uma overdose de medicamentos, usados pela esposa para controle da
dor.
Eles
deixaram uma carta para a família explicando que optaram pela morte, que era
muito menos dolorosa para eles, do que a possibilidade de um viver sem o outro.
Como na história de Romeo e Julieta, eles decidiram morrer juntos para que
nunca se separassem, enquanto estivessem vivos.
Essa
é sim uma história linda e nem a tristeza intrínseca ao fim apaga a sua beleza.
Resolvi contá-la, porque, assim como John e Maurren, constarei ontem e me senti
muito estranha, quando pensei que o Gui faz parte de todos os meus planos. Ele
está em cada um dos meus sonhos e entrou para a minha vida de uma forma indissociável.
O Gui me inspira. Sem ele, boa parte, do que planejo, perde o sentido.
Todo
esse estranhamento passou com um abraço apertado e eu percebi que estou certa.
Certa e apaixonada. Estranho seria se eu conseguisse separar a minha vida da
dele, se não tivéssemos construído nenhum sonho junto ou se não perseguíssemos
nada em comum.
Mas
não acho a solução de Maurren e John, por mais que ela seja inegavelmente
romântica, a melhor de todas. Vejo as coisas por outro ângulo. Talvez porque
sejamos jovens demais, se eu morresse hoje, não gostaria que segurasse a minha
mão e fosse comigo, mas que ele, a partir de então, vivesse por nós dois. Fosse
feliz por nós dois e realizasse todos os seus sonhos, como se meus também
fossem. Isso porque hoje, todas essas coisas fazem parte de mim e ele as
realizaria por nós.
Fotos:
Reprodução.
Sem palavras..... Olhos marejados.....
ResponderExcluir